Não sei se o velho sou eu, ou se é o mundo.
Me canso das canções e dos ventos.
Me canso da rotação do planeta, que egoísta, gira em torno de seu próprio eixo.
Me cansei dos rumores, das promessas, dos profetas.
Manhãs de domingo sem brisa, areias molhadas, mas quentes. As praias, cansei de olhar, e procurar curvas na linha do horizonte. Tardes frias, livros abertos. Páginas folhedas pelo vento, somente. Noites silenciosas, músicas interrompidas, luzes acesas e portas fechadas. Ponho-me a dormir sonos crus, pois cansei-me também de sonhar. Como viver, se de tudo, me canso um pouco?
De repente, acorda a vida na madrugada. Sorte a minha: cansei-me de me cansar.
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