segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Voltei, volta, voltarás

Eu que fui, voltei.
Voltei descobrindo um pouco mais da fé. Um pouco mais dos deuses e dos homens. Tudo, tudo é incrível. Ouvi falar de coisas mágicas, senti um vento ventar sorrindo. Vivi momentos de ficar em pé sobre pedacinhos de nuvens formadas com gotas d'água que transpiravam de beijos molhados. Soube de mundos distantes, de pessoas maiores que gigantes. Ouvi gritos que lembravam matilha. Senti minhas lágrimas secarem sozinhas, e formarem pequenas nuvens, pequenos chuviscos.


Outros tantos ficaram.
Ouviram profetas redigirem novamente a esperança. Viram o solo encostar no céu, e fazer germinar pequeno e bastante pé de feijão. Sentiram a água gelada bebida, como em uma cachoeira que descobriu o sol há poucos instantes somente.



Outros se foram.
Para lugares no infinito, para águas mais mornas, para brancos fragmentados em cores mais vivas. Estes sentiram os dedos dedilharem pianos de calda, caldas molharem doces, doces amores se aquecerem no frio, frio e calor sublimados no tempo.


Bom mesmo é estar de volta, e sentir os braços de quem nos abraça! É bom estar de volta, e sentir a saudade em ambas portas baterem uníssonas. É bom estar de volta e sentir bater o coração somando mil amores.
Um que foi, voltou. Outros tantos ficaram. Outros foram e, quem sabe, voltarão.

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