terça-feira, 2 de agosto de 2011

Poliamores

Tenho em meu coração todos os batimentos cabíveis. Cabem nele todos os amores possíveis. Cambem, também, os impossíveis.
Meu coração não mais se divide. São somados pedaços espalhados, são colados sentimentos partidos.
Seja, coração, o lugar de todos os afetos, de os todos os sonhos!
Seja, eu, o amado e o que ama.
Seja, eu, a soma, e tu, o universo!
Seja, eu, a busca, e tu, a esperança!
Tenho em mim todos os amores que amo, e que me tem por inteiro, sem divisões. A cada soma que mereço eu cresço, e me torno tão maior quanto se precise, pra entregar meu coração por inteiro.

Este sou eu: nu no vasto mundo, amando muitos por igual.
Permito-me amar sem barreiras. Dedico-me ao mar, sem fronteiras.
Não há o que me prenda a lugar algum, pois o que prende é de metal ferroso.
Vermelho coração só me libertará.

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